A Associação Salvador vem por este meio anunciar a criação do cargo associativo de Provedor das Acessibilidades, que inicia na presente semana o primeiro ciclo de encontros com candidatos às autarquias de Lisboa, Cascais e do Porto, tendo em vista a sensibilização, independentemente da cor política e afiliação partidária, para a importância da aplicação real de políticas locais de combate à exclusão social de pessoas com deficiência motora ou mobilidade reduzida por via do aumento e da melhoria das acessibilidades públicas e privadas nos diferentes municípios do pais.
Porque a ausência de acessibilidades continua a ser um dos principais fatores de exclusão social e isolamento de pessoas com deficiência motora ou mobilidade reduzida, com consequências severas ao nível do acesso à educação superior, emprego e do seu bem-estar físico e emocional, a Associação Salvador decidiu criar o Provedor das Acessibilidades, cargo desempenhado atualmente por Salvador Mendes de Almeida, Fundador e Presidente da Associação Salvador, com o objetivo específico de apresentar aos diferentes candidatos o expertise da Associação nesta matéria e desafiando-os a “colocarem-se no lugar destas pessoas”.
“A Associação Salvador estima que menos de 30% das autarquias do país têm hoje Planos de Acessibilidades para pessoas com deficiência motora ou mobilidade reduzida, sendo que, deste conjunto, menos de 15% afeta 0.5% do seu orçamento municipal para as acessibilidades. Esta realidade é extramente preocupante. É urgente que os próximos 4 anos tragam políticas locais concretas de combate à profunda exclusão social e ao isolamento destas pessoas nas diferentes cidades do país” – afirma Salvador Mendes de Almeida.
A par do primeiro ciclo de encontros, a Associação Salvador irá ainda partilhar o seu position paper com candidatos autárquicos dos demais distritos e regiões, documento que foca as razões de fundo para a ausência generalizada de políticas locais continuadas de promoção de acessibilidades, bem como da fiscalização da obra e edifícios privados, apresentando propostas concretas aos futuros autarcas, tais como, entre várias outras, a própria criação de um provedor das acessibilidades dentro das autarquias ou linhas de financiamento e prémios que incentivem os espaços privados a tornarem-se acessíveis e inclusivos.