Prestes a terminar o prazo de candidaturas para a Ação Qualidade de Vida 2019, pedimos a três pessoas que foram apoiadas na edição anterior, para que explicassem um pouco qual o impacto deste apoio nas suas vidas.
Quisemos saber como chegaram até à Associação Salvador, como trataram do processo à candidatura ao projeto e o que mudou nas suas vidas com este apoio recebido.
O Luís Ramalho teve um acidente de viação em 1999 que o deixou paraplégico. Refere que os primeiros 3 anos foram extremamente complicados, face à aceitação da sua nova condição física, mas conseguiu ao final a obter novamente a sua independência a todos os níveis. Em 2006, começou a praticar atividades desportivas, com o basquetebol adaptado, jogando em diferentes equipas durante 8 anos. Mais tarde, foi convidado pelo seu amigo Luís Brito a praticar vela ligeira através do projeto “Vela Solidária”, em Portimão. É agora atleta federado pelo Iate Clube Marina de Portimão, treina assiduamente para obter os melhores resultados possíveis e participou em 2017 no campeonato europeu em Meze (França).
Com 42 anos, Luís candidatou-se ao projeto Ação Qualidade de Vida em 2018 e foi apoiado com equipamento desportivo para a prática da vela adaptada.
A Associação Salvador recebe anualmente inúmeros pedidos de ajuda de pessoas com deficiência motora, os quais não pode apoiar aleatoriamente sem a definição de critérios e requisitos. Para ser possível dar uma resposta mais justa à variedade de pedidos recebidos, a Associação Salvador criou, em 2008, a Ação Qualidade de Vida, processo de candidatura anual para atribuir apoios diretos e pontuais a pessoas com deficiência motora e comprovada falta de recursos financeiros.
A Ação Qualidade de Vida visa assim apoiar casos que não encontraram resposta dentro dos programas de apoio promovidos pela Segurança Social e /ou Instituto de Emprego e Formação Profissional, ou outros. ‘Cabe-nos a nós enquanto associação criar as ferramentas para que possa intervir.’, realça Salvador Mendes de Almeida.