Com o objetivo de sensibilizar para um dos principais problemas da exclusão social das pessoas com deficiência motora, a Associação Salvador assinala hoje, 10 de outubro, o “Dia das Acessibilidades”. Mais de 132 escolas de todo o país, num total de 12.286 alunos participaram num Peddy Paper onde foi possível sensibilizar para a urgência da criação de espaços acessíveis. Esta ação consistiu num passeio junto à envolvente das escolas, no qual os jovens tiveram a oportunidade de avaliar os locais a nível de acessibilidades, percebendo assim as dificuldades que as pessoas com mobilidade reduzida enfrentam no seu dia-a-dia. Mais de 13.500 pessoas foram sensibilizadas e envolvidas nesta atividade.
Os jovens são o futuro e a mudança de mentalidades é urgente. São necessárias mais ações como esta para percebermos que o problema existe e que a mudança está ao alcance de todos. Com esta ação a Associação Salvador passa a mensagem de que “todos podem ter um papel ativo na sociedade, começando pelos mais jovens. Se todos os cidadãos sensibilizarem o espaço onde vão tomar café todos os dias para se tornar acessível, se todos falarem do tema, a mudança vai ser mais rápida e efetiva”, refere Salvador Mendes de Almeida. Em muitos casos é apenas necessária uma simples rampa, que com um investimento bastante reduzido vai fazer a diferença no dia-a-dia de uma pessoa com deficiência.
Com esta ação, a Associação Salvador pretende ainda sensibilizar os mais jovens para promoverem a inclusão e igualdade de oportunidades, prevenir o bullying e a discriminação das pessoas com deficiência e melhorar as acessibilidades da zona envolvente às escolas.
A SENSIBILIZAÇÃO PARA A MUDANÇA EM ESPAÇOS NÃO ACESSÍVEIS
No âmbito desta iniciativa, foram também distribuídos mais de 500 cartões em espaços não acessíveis na Grande Lisboa, com a seguinte mensagem “Para si um degrau. Para mim uma porta fechada”, mais uma forma de sensibilizar para a necessidade de mudança.
Estamos no século XXI e a situação das acessibilidades é mais grave do que parece. Uma pessoa em cadeira de rodas tem de fazer um planeamento com detalhe do seu dia para perceber a que locais consegue ir com autonomia. Salvador Mendes de Almeida refere que “a mudança passa por mais fiscalização, menos exceções à lei, mas também por uma consciencialização cada vez maior da sociedade e, em particular, dos responsáveis por espaços públicos e privados para esta necessidade urgente de promoverem a inclusão, não discriminando as pessoas com deficiência.
A Associação Salvador está disponível para aconselhar e apoiar naquilo que estiver ao seu alcance para que rapidamente possamos viver num Portugal Acessível a todos”.