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Dia das Acessibilidades: “Tenho de esperar mais 20 anos por um país acessível?”

Num dia inteiramente dedicado às acessibilidades, a Associação Salvador conseguiu juntar, aproximadamente, 8 mil pessoas em torno desta temática, entre escolas, empresas e alunos de arquitetura.

Na 2ª edição do Dia das Acessibilidades, a Associação Salvador apelou a uma mudança urgente de mentalidades, reforçando que todos podem e devem ser agentes de mudança.

Num dia inteiramente dedicado às acessibilidades, a Associação Salvador conseguiu juntar, aproximadamente, 8 mil pessoas em torno desta temática, entre escolas, empresas e alunos de arquitetura.

Com o objetivo de sensibilizar e criar agentes de mudança, Salvador Mendes de Almeida, Presidente e Fundador da Associação Salvador, colocou o “dedo na ferida” questionando “será que tenho de esperar mais 20 anos para ter um país acessível? A Lei das Acessibilidades tem mais de 20 anos e o que mudou? Infelizmente, ainda muito pouco. Mas, se todos fizermos a nossa parte, através da sensibilização ou até mesmo da reclamação, juntos, podemos contribuir por um mundo melhor e mais acessível”.

A app “+Acesso Para Todos” é uma ferramenta fundamental neste processo. Ao mesmo tempo que cria um mapa das acessibilidades em Portugal, útil para qualquer pessoa com mobilidade reduzida – onde se incluem pessoas com deficiência motora, mães com carrinhos de bebé, idosos, pessoas com lesões temporárias, entre outras -, envolve e responsabiliza toda a sociedade, permitindo classificar os espaços e reclamar junto das entidades competentes, de forma fácil e eficaz.

Ao longo do dia, foram 3 as palestras online de sensibilização. A primeira, direcionada para empresas, contou com a participação de Salvador Mendes de Almeida e Ricardo Teixeira, empresário e Embaixador da Associação Salvador. A segunda palestra do dia, focou-se nas escolas, para alunos entre o 3º e o 12º ano, e foi dirigida novamente pelo Salvador e por Paula Reis. O dia terminou com a palestra dedicada aos alunos de Arquitetura, que contou com a participação da Arq.ª Ana Paula Santos, Vice-Presidente da Ordem dos Arquitetos, Guilherme Ribeiro, arquiteto e Embaixador da Associação Salvador, e do Arq.º Luis Matos, Presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Arquitetos, na região do Algarve.

No final, Salvador deixou um desafio comum aos presentes “A falta de acessibilidades é um dos principais factores de exclusão social das pessoas com deficiência motora. Sejam connosco embaixadores e agentes de mudança nesta causa. Instalem a app “+ Acesso Para Todos””.

Relativamente às escolas, Salvador Mendes de Almeida reforçou que “é urgente e fundamental trabalhar desde cedo a temática da deficiência e da acessibilidade nas escolas. São estas crianças e jovens o futuro de amanhã. Os futuros arquitectos, Presidentes de Câmara, Técnicos e Engenheiros, por isso, a mudança de mentalidades tem de começar já”.

Esta temática tem extrema relevância, sobretudo, se pensarmos que, atualmente, as nossas cidades são pensadas para apenas 40% da população, tornando-se evidente o grave problema de acessibilidades que enfrentamos e a urgência de mudança.

Segundo o Diagnóstico Social de Lisboa, entre 2015-2017, 52.930 pessoas tinham algum tipo de dificuldade ou incapacidade total para andar ou subir degraus, o que representa 9,8% da população total de Lisboa, revelando uma prevalência ainda maior das dificuldades a nível motor neste município.

As principais barreiras reportadas por cidadãos portugueses com deficiência são:

  • 48%   mobilidade
  • 6%   acesso ao meio edificado 
  • 34%   serviços de transporte.

Segundo o Observatório da Deficiência e Direitos Humanos (ODDH), em 2019,  registaram-se mais alunos com deficiência a frequentar escolas de ensino regular na escolaridade obrigatória (+92%)  e a frequentar o ensino superior (40%).

Entre 2016 e 2017, registou-se um aumento expressivo das queixas por discriminação com base na deficiência entre (+275%, passando de 270 para 1013 queixas). Em 2019, a acessibilidade foi o domínio que registou um maior número de queixas por práticas discriminatórias: 432, ou seja, mais de metade de todas as queixas recebidas.

Assista às palestras, através da nossa página de facebook, em:

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