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Em 2012 registaram-se 17 casos de lesões traumáticas provocadas por mergulho

SPOT promove campanha de prevenção de acidentes de mergulho 17 casos de lesões traumáticas provocadas por mergulho em 2012

Portugal registou, no ano passado, 17 casos de lesões traumáticas provocadas por mergulho, sendo que 40% das vítimas tinham menos de 19 anos e cerca de 70% dos acidentes aconteceram com jovens abaixo dos 29 anos.

Estes dados foram apresentados no passado dia 11 de junho, na Escola Secundária de Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, e foram recolhidos no âmbito do primeiro estudo realizado a nível nacional durante a época balnear pelos médicos Ricardo Prata e Jorge Mineiro, em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT). “Quarenta por cento do total das lesões ocorrem em indivíduos abaixo dos 19 anos, e cerca de 70% abaixo dos 29 anos. São lesões que atingem uma faixa etária extremamente jovem, e que são naturalmente dramáticas pelas consequências futuras, não só para a própria pessoa, mas também para a família e para a sociedade”, alertou o professor Paulo Felicíssimo, da SPOT, após a primeira iniciativa de sensibilização diante de uma centena de alunos.

Apesar de serem “apenas” 17 os casos verificados em 2012, o responsável explicou a importância de alertar e sensibilizar a população mais jovem, no sentido de prevenir os traumatismos vertebro-medulares provocados por acidentes relacionados com o mergulho. “Podemos pensar que o número não é exagerado. Na realidade, o ano passado tivemos 17 lesões por traumatismo de mergulho. Não é um número muito intenso, mas pensar que temos indivíduos tão jovens que vão ficar agarrados o resto da sua vida a uma cadeira de rodas, é algo que nos faz sofrer muito e que nos leva a desencadear uma campanha, mesmo que seja só para evitarmos mais um caso”, frisou.

Além disso, as pessoas que sofrem este tipo de traumatismos associados ao mergulho, pela quantidade de cuidados médicos de que necessitam para manter uma vida com alguma qualidade, “são um encargo para a família e para a própria sociedade”. Paulo Felicíssimo acrescentou que as lesões podem “agarrar as vítimas a uma cadeira de rodas para o resto da vida”, ou, como os traumatismos são ao nível da coluna cervical, atingem normalmente os membros superiores, o que, muitas vezes, significa que o paciente fica com dificuldades em se alimentar e totalmente dependente. O professor da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia considerou essencial a prevenção e deixou alguns conselhos: “Devemos mergulhar em locais que conheçamos e evitar zonas como rios ou lagos. Na praia, evitar mergulhar nas rochas, ou sem conhecermos a altura e o que é que existe por debaixo da água”. O não respeito por aqueles conselhos pode provocar acidentes responsáveis por traumatismos cervicais e paralisias tão graves como a tetraparesia [incapacidade parcial de realizar movimentos voluntários com todos os membros] ou a tetraplegia [incapacidade total de realizar movimentos]”.

A campanha de sensibilização, promovida pela SPOT e com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, vai decorrer em várias escolas do país, além da colocação de placards em espaços públicos a alertar para os riscos do mergulho.

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